A Área de Proteção Ambiental (APA) da Serrinha do Alambari, em Resende, é um paraíso verde que oferece muitas atrações naturais, gastronômicas e culturais a quem o visita. Para os ciclistas, o clima agradável e os percursos desafiadores são um convite difícil de recusar. Por se tratar de uma área muito ampla e rica em detalhes, vamos precisar de mais de um roteiro para a apresentar por completo. Neste artigo, iremos te mostrar como chegar e o que você não pode deixar passar despercebido no seu caminho até lá. Vem com a gente!
Seu ponto de partida para essa aventura será o "Posto do Esquilo", no caminho para Penedo. Se você precisa de orientações para chegar até lá, clique aqui.
Este ponto de encontro é também o início de uma longa e bem feita ciclovia, que você irá utilizar para chegar a um outro posto de gasolina, ao lado do pórtico de Penedo e do letreiro "Eu Amo Penedo", um trajeto de exatamente 2,2km. Se esta for sua primeira vez neste lugar com sua bike, não tenha vergonha de parecer turista e aproveite para eternizar o momento com a câmera do seu celular. Em breve iremos escrever muitos roteiros a respeito de Penedo, não perca.
Como Penedo não é nosso destino dessa vez, siga em frente na rotatória (primeira saída). Daqui em diante não há mais ciclovia para te auxiliar, tão pouco acostamento, por isso recomendamos que esse passeio seja feito bem cedo, antes da estrada ficar mais movimentada. Esse ponto não marca apenas o fim da ciclovia, mas também do terreno plano que te poupou esforço até aqui. Apenas alguns metros depois você já terá que superar a primeira de muitas subidas íngremes que te aguardam.
Pouco mais de dois quilômetros a frente, logo após uma longa e agradável descida (imagine como será na volta kkk), à sua esquerda você irá ver a entrada para o Sítio Cantinho de Penedo , lugar para quem aprecia uma boa comida, pescaria e música ao vivo. O local também oferece passeio a cavalo e diversão completa para as crianças, vale a pena conhecer. Clique na lateral da foto abaixo para passar:
Deste ponto em diante, todo o percurso é feito dentro dos limites territoriais de Resende, não mais Itatiaia. Um quilômetro depois você irá avistar à direita uma casinha branca escrito "Cantinho da Roça" na parede. Ela marca o início do temido "Cala a Boca Capelinha", que como você pode ver, precisa ser vencido antes mesmo de se chegar à Serrinha. Essa subida íngreme dura cerca de um quilômetro, portanto, não se esqueça de travar a suspensão. As fotos abaixo mostram um pouco dessa subida:
Curiosidade: Se você é iniciante talvez não tenha certeza do que significa o termo "cala a boca" no mundo do ciclismo, então deixa a gente te explicar. O termo se refere a momentos durante a pedalada onde o esforço físico e a necessidade de se respirar fundo são tão grandes que fica praticamente impossível continuar conversando. Faz sentido, não?!
Terminada a subida, continuando pela RJ-163 por mais um quilômetro você irá chegar a uma rotatória, onde se seguisse em frente por mais 5km iria chegar ao distrito da Capelinha, que iremos abordar em detalhes em um futuro breve. Por outro lado, se pegar a segunda saída, à esquerda, seguirá em direção à Serrinha do Alambari, nosso destino de hoje. Essa pequena reta desde a rotatória até o pórtico da Serrinha é um ótimo local para observar o esplendor das montanhas que estarão à sua esquerda e que pertencem ao Parque Nacional do Itatiaia, não deixe de admirar, se o tempo permitir.
A partir do pórtico o caminho basicamente resume-se a uma subida constante em terreno de terra e cascalho, com algumas ladeiras bem íngremes, mas o que tinha tudo para ser sinônimo de puro desgaste se torna na verdade uma pedalada inesquecível, no bom sentido, pois a paisagem exuberante e o ar puro te fazem esquecer as dificuldades e te trazem um sentimento de contato com a natureza que não se sente em qualquer lugar.
Uma vez nessa estrada de terra, seu primeiro ponto de atenção fica a 2km do pórtico, logo após passar pelo Acampamento Metodista. Trata-se de uma saída à esquerda com placas que apontam para "Pedra Sonora", sua primeira parada obrigatória nesse passeio.
Após pegar o desvio à esquerda, mantenha-se no caminho principal, não vire nas placas que indicam "camping", nem tão pouco em caminhos de pedra que levam a propriedades particulares. A famosa pedra fica a apenas 250m desde que você saiu da estrada principal e poderá ser vista a partir de uma bifurcação, onde você irá manter-se à direita. Aproveite para conhecer essa maravilha geológica, a pedra que emite um som, como se estivesse oca, ao ser atingida por algum objeto duro, como outra pedra. Tente encontrar alguma e faça o teste você mesmo.
Curiosidade: reza a lenda passada de geração em geração pelos índios Puris, que habitavam a região, que quem bater na pedra e ouvir seu ronco, fica livre de morrer de desastre, de tiro ou facada. Considerando que a pandemia que estamos vivendo é um desastre, que tal ir até lá e dar umas boas batidas na pedra, em?!
Voltando pelo caminho por onde veio, até retornar para a estrada principal, continue subindo. Sua próxima parada é a Igreja São Judas Tadeu, local onde todo mês de outubro são realizadas pelos devotos da região festividades em honra a São Judas Tadeu. A construção data de 1972.
Seguindo adiante você irá passar por algumas propriedades particulares muito bonitas, assim como alguns estabelecimentos comerciais, que não costumam estar abertos no horário que os ciclistas passam por eles, infelizmente. Aproveite para olhar para os lados e curtir o passeio, deixe o treino para outro dia ;)
1,5km após deixar a Igreja para trás você irá chegar na praça principal da vila. Um lugar muito bonito, com vegetação exuberante e bancos para sentar e ouvir o canto dos pássaros. Clique na lateral da foto abaixo para ver as próximas:
Em frente à praça existe um estabelecimento comercial onde você pode matar a fome, a sede e a vontade de usar o banheiro, se for o caso, é o Prata da Serra Minimercado e Bar.
A praça da Serrinha é também o local a partir do qual o caminho para quem quer continuar subindo se divide. Se você seguir pela rua à esquerda da praça, poderá conhecer locais como a Cervejaria Elbers Bier e a Reserva Agulhas Negras - RPPN, dentre outros, que iremos abordar em detalhes em futuros roteiros.
Já se seguir subindo pela rua à direita da praça, você poderá conhecer as várias trilhas e cachoeiras do Camping Clube do Brasil e também o sítio onde ficam situados o Poço do Céu, o Poço do Dinossauro e o menos conhecido Poço da Turmalina. Todos esses lugares incríveis também serão documentados aqui no site muito em breve.
Como você pode perceber, a Serrinha do Alambari ainda reserva muitos segredos além dos que foram desvendados neste artigo, portanto, continue nos acompanhando nas redes sociais para saber em primeira mão assim que estes roteiros complementarem forem concluídos. Deixe nos comentários suas impressões, críticas e sugestões. Também contamos com sua ajuda para nos lembrar de algo importante que por ventura tenhamos esquecido de mencionar.
Ficha técnica
Tipo de bike recomendada: MTB
Estrada de terra: 4km
Acostamento de BR: 0km
Trilha de bike: 0km Possui cachoeira: até a praça não.
Passa por propriedade particular: NÃO
Ganho de elevação (ida): 362m
Nível: INTERMEDIÁRIO (subidas cansativas) Atrações: Pedra Sonora; Praça da Serrinha
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